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  • Elizabeth Christina Cotta Mello

Com Direito ao Canto e à Estrada na Vida.


Na cultura Africana a mulher tem poder, no Oriente também, Afrodite é uma Deusa de origem oriental e Ártemis/Diana também. Na foto abaixo temos Ártemis. Precisamos aprender com o Mito. Na Grécia, quando Ártemis, de estrangeira, passa a ser Grega, Vernant afirma: que quando ela faz-se grega, "sua alteridade adquire o sentido oposto: inverte-se sua função. Ela já não traduz, como na Cítia [de onde surge], a impossibilidade do selvagem de conviver com o civilizado, mas, pelo contrário, a capacidade que a cultura implica de integrar o que lhe é estranho, de assimilar o outro sem com isto tornar-se selvagem." (VERNANT, A Morte nos Olhos, p. 31).Sim, a potência feminina como bárbara e lutadora é estrangeira - estranha - ao Ocidente, mas já foi psiquicamente assimilada ao mundo grego, ou melhor está em condições de ser assimilada por todos nós. Lutemos para entender que todas as Deusas das florestas, como Ewá, e Ártemis precisam estar cada vez mais próximas de nós, de nossas casas e cidades. Lutemos para o masculino no homem não ser tão mais selvagem, inseguro, violento, destruindo o seu próprio feminino. Que a sua floresta interior seja capaz de trazer o selvagem como desejo sexual, amores profundos, confrontos de vida e sabedoria, inteligência e poder, como todas as deusas femininas que também simbolizam os homens.

Para olharem www.greek-mythology-pantheon.com; foto de http://www.theoi.com/Olympios/Artemis.html

Para reflexão. É verdade que em nossa cultura a maior parte das deusas e contos são com Deusas regendo o lar, e o homem conquistando a rua. Mas homens e mulheres tem o direito de ter seu canto e sua estrada. Seguem observações da escritora Gloria Steinem, atualmente de 83 anos. Um dos mais importantes nomes do feminismo comenta: "Os homens personificam a aventura, as mulheres personificam o lar e a família, e tem sido basicamente assim". Ela lembra que Alice no país das Maravilhas é uma experiência interna, sonhando "sua longa aventura e então acordou bem a tempo do chá". Isso realmente tem um acento irônico. No mesmo caminho, em Josheph Campbell e sua 'jornada do herói' aos heróis de Eugene O'Neil, que eram mantidos longe do mar por mulheres dependentes, eu tive poucas razões para acreditar que a estrada estava aberta para mim". OGLOBO, segundo caderno, p. 5, 05 de setembro de 2017. Importante lembrarmos que há outros tipos de Deusas e que todos somos regidos por esses símbolos do masculino e feminino. Tal como os tipos psicológicos: somos influenciados pelo que temos na consciência e pela função psíquica do inconsciente. Diríamos infelizmente, se não tomarmos consciência, somos dominados pelo inconsciente segundo a psicologia analítica. Dito isso, confirmarmos: homens e mulheres precisam encontrar nosso feminino e masculino, e como já sabia Jung, não devemos identificar gênero e sexo.

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PRÁTICA JUNGUIANA

Psicologia Analítica & Arteterapia

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